quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

ANIVERSÁRIO DO POETA GONGA MONTEIRO


Hoje dia 21 de dezembro o poeta Gonga Monteiro está completando data nova.
Parabéns Poeta!
IV Pajeú em Poesia


Será neste domingo dia 25/12 o IV Pajeú em Poesia. Desta vez o homenagiado da noite será o poeta Diomedes Mariano e terá a presença especial d'As Severinas. Segue abaixo a lista dos poetas já confirmados.

Participações confirmadas:
Dedé Monteiro, João Paraibano, Neide Nascimento, Dudu Morais, Edierck José, Alessandro Palmeira, Andréia Miron, Artemis, Danilo Gonçalves, Edezel Pereira, Elenilda Amaral, Welington Rocha, Esdras Galvão, Genildo Santana, Gonga Monteiro, Lúcio Luiz, Paulo Monteiro, Verônica Sobral, Zé Adalberto e Zé de Mariano.
A Ávore de Natal de Dedé Monteiro

Neste natal o poeta Dedé Monteiro, criativo como sempre, nos presenteia com uma bela e diferente árvore de natal em forma de versos:

(clique na imagem para ampliar)
A poesia escrita é de Dedé e a "poesia gráfica" é do artista de Rafael Pires (sobrinho do poeta).

Valeu poetas!
Belas Tardes de Viola


O Belas Tardes de Viola é um projeto cultural idealizado por Zécarlos do Pajeú e Zipa Nunes que acontece sempre no último domingo de cada mês.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

LANÇAMENTO DO GUIA DE TABIRA

GUIA DE TABIRA


A gente mora em Tabira
Sem saber de tudo dela,
Mas, quem pegar esse guia
Que quase tudo revela
Vai se fartar de surpresa
E poder ver com certeza
O quanto Tabira é bela!

Coisas que a gente só via
Na revista ou no jornal
Do jeito do Park Sol
Clube Campestre local
Bar de Zipa, de Mãozinha
Esse luxo assim só tinha
Pras bandas da capital.

A Feira Livre da gente
Não tem nem comparação
Pizzaria Aconchego
Churrascaria Mourão
Odilon cabra arretado
E a nossa feira de gado
A maior da região.

Poço Escrito, Lar do Idoso
Nevinha, Seu Lau Cordeiro
Artesanato, Pintura
Museu, Bar do Cajueiro,
Poesia em alto plano
Dudú, Zé de Mariano
Genildo e Paulo Monteiro

Santuário Mãe Rainha
Casa de fé e oração
O Calendário Festivo
Nos causa admiração
Pois, festa aqui em Tabira
Chega parece mentira
É um dia e outro não.

Aqui se faz um congresso
De cantador toda hora
Em cada esquina de rua
Tem um poeta que mora
É um no outro topando
Uns já se aposentando
E outros começando agora.

Tabira de Matricó
De canções maravilhosas
Escola de Poesi
Onde os botões viram rosas
Terra de Dedé Monteiro
E a única no mundo inteiro
Que faz a mesa de glosas.

Fica aqui meu abraço
A minha admiração
Primeiramente a Tabira
Nosso querido torrão
Depois abraçar queria
A nobre Secretária
De Administração.

Gonga Monteiro

Tabira, 09/12/2011
Lançamento do Guia de Tabira
e do Cordel: A História de Tabira (Dedé Monteiro)

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Reunião


Haverá reunião para os mebros da AJUPTA no próximo sábado (dia 10/12) às 7 horas da noite na escola Arnaldo Alves avalcanti. Contamos com a sia presença.
Lançamento do Guia de Tabira

Venha participar do lançamento do Guia de Tabira. Nele você poderá ver um pouco do que a nossa cidade tem de melhor para oferecer à população local e aos seus visitantes.

Participação especial dos Poetas Tabirenses Dedé Monteiro, Gonga Monteiro e Dudu Morais com o Grupo Pé-de-parede.

sábado, 3 de dezembro de 2011

Rixa de intelectuais


Poema: Rixa de intelectuais
Autor: Clécio Rimas
(Adaptação do causo de mesmo nome presente no livro “Histórias verídicas de um mentiroso” de Horácio de Almeida)

Na história da humanidade
Em desfruto da ciência
Sempre existiram disputas
No campo da inteligência.
Grandes intelectuais
Já desmentiram outros tais
Com teses, dissertações...
E mesmo através dos anos
Temas tidos “soberanos”
Sofreram contestações...

E Isso foi em todo canto:
Na Grécia, na Roma antiga...
Na Idade Média ou Moderna
Vez por outra surge a briga
De um cientista afamado
Com seu diploma de lado
Defendendo o seu estudo...
E de outro lado, também
Aparece um outro alguém
Pra contestar quase tudo.

Já vi isso em Bananeiras
No Brejo paraibano.
Um município pomposo
Que no seu cotidiano
De cidade de vanguarda
Um velho causo se guarda
Entre dois competidores
Ambos muito inteligentes
E que em debates frequentes
Foram propensos “doutores”.

O primeiro era Carlinhos
De sobrenome “Moreira”
Um grande intelectual
Da terra da bananeira
O segundo (e concorrente)
Deveras inteligente,
E expert afamado
Era Roberto Ribeiro,
Mas, conhecido primeiro
Pelo vulgo “Pau Pelado”.

(e eles discutiam tudo)

Da ação hipocondríaca
Posta pela humanidade
Aos efeitos doentios
Da hiperatividade...
Da crudelíssima ação
Que culmina na extinção
Sequencial ou randômica...
Do complexo do busílis
A importância de bílis
Dentro da ressaca vômica.

E eu sempre participava,
Mesmo que discretamente,
Dessas contendas de ideias
Ouvindo-os atentamente.
Varávamos madrugadas...
Eram discussões voltadas
Pra toda e qualquer matéria;
Foi justo nesse lugar
Que começou a pulsar
Cultura na minha artéria...

Pois bem! Esse dois rapazes
Que acima foram citados
Se transformaram inimigos,
Oponentes declarados.
Quando as comuns discussões
Divergiam opiniões
Cada qual sendo “o mais culto”
Abandonavam o recato
Partiam as vias de fato
Causando grande tumulto.

Quando ambos se encontravam
Abusavam da retórica,
Falavam na norma culta,
Apuravam a metafórica:
“És profuso em inferências
E até mesmo tens ciências,
Mas estúrdio, quando exórdio...
Pois nunca terás vantagem
Já que a sua defasagem
Te torna um ser monocórdio”.

Exclamou isso Moreira
Que obteve prontamente
Revide do Pau Pelado
“Me sinto atinentemente
Na antítese do que dizes
Pois tal qual os aprendizes
Imberbe... irrefutável,
Ignóbil, falastrão...
Teu nome não tem menção
Mero inaproveitável”.

Um dia estava Moreira
Pregando com sua lógica
A hipérbole presente
Na matéria fisiológica.
Diante nossos olhares
Ele apontava pros ares
Com as mãos gesticulando...
Mas fez pausa de repente
Quando viu na sua frente
O seu oposto chegando.

Em semblante descortês
E andar cadenciado,
Com sorrisinho boçal
Se aproximou Pau Pelado...
Nessa hora decisiva
Criou-se a expectativa
Da refrega cultural
E a gente ali, fuxicando
Ficamos observando
Os gestos de cada qual.

Moreira ao ver Roberto
Fechou logo sua cara
Na demonstração visível
Que algo o atormentara.
Já Roberto, em bizarrismo
E também no modernismo
Nato do intelectual
Açoitou seu cabelão
Como que em provocação
Direta pro seu rival.

Mas para o espanto de todos
Roberto, se dirigiu
Com cortesia a Moreira
Para o qual foi e pediu
Pelo seu pente emprestado,
Pois o cabelo assanhado
Necessitava ajustar.
Mas não pediu normalmente
O fez atrevidamente
Só pra desmoralizar.

“Tu terias por ventura
O precioso utensílio
Que a indústria transformou
Num bem para nosso auxílio,
Que usado com excelência
Ajusta nossa excrescência,
O qual displicentemente,
Vocês incautos e incultos,
Pobres biltres e estultos
Os denominam de pente?”

Moreira empalideceu!
Foi ficando enfurecido
Suas mãos se acocharam
Diante o ato atrevido.
Tentou não ficar nervoso...
E de um modo bem airoso
Parou e respirou fundo,
Cofiou a barba rala,
E depois soltou sua fala
Contendo o modo iracundo:

“Eu sinto em decepcioná-lo
Pela frustrante omissão
Pois ao sair do aposento
Da minha predileção
Dar-me-ia pela conta
Pela qual me desaponta
Não constar na minha alçada
Para lhe afirmar, mormente
Que eu não possuo um pente
Filho da puta safada!”

Mais uma vez os “doutores”
Acanalharam o debate.
Deixaram a verve de lado
Em troca de outro combate,
E aqueles dois geniais
Nos fizeram rir demais
Com aquela cena engraçada...
Todo saber concentrado
Num instante foi trocado
Por murro, coice e dentada!