terça-feira, 5 de julho de 2011

Na sombra do juazeiro

Um belo passeio no sítio Jatobá (Propriedade do promotor Dr. Lúcio Almeida) em Afogados da Ingazeira neste último domingo (03/07/11) inspirou o mestre Dedé Monteiro a fazer um poema.

Estavam lá os poetas Alexandre Morais e Dedé Monteiro, a cantora e compositora Maria da Paz (paizinha), o cantor Gustavo Pinheiro, o fotógrafo Cláudio Gomes, entre muitas outras pessoas que prestigiaram essa tarde de domingo cheia de muita cultura.
Foto:  Roberta Costa

Como a farra aconteceu debaixo do juazeiro que você ver acima, Humberto do Cartório soltou o mote: “na sombra do juazeiro”. No dia seguinte o poeta Dedé já estava nos mostrando as estrofes:

NA SOMBRA DO JUAZEIRO

Pra festa do Jatobá,
Parti de Campina Grande.
Lá, encontrei Véra, Xande
E a princesa Mariá.
Foi tão bom ter ido lá
Que até voltei mais inteiro.
Degustei som verdadeiro,
Arroz mexido, galinha...
E ainda abracei Paizinha
Na sombra do juazeiro.

Em meio à patota esperta,
No fim daquela manhã,
Encontrei Beta, Roberta,
Gisele, Tonho e Renan.
Comi que só um porquinho,
Meti a cara no vinho,
Como faz Paulo Monteiro...
Pois não tinha visto ainda
Uma coisa assim tão linda
Na sombra de um juazeiro.

Vi Beco, primo querido,
Lourdes e um Rui que não rui,
Dr. Lúcio, por quem fui
Convidado e recebido.
De coração ressentido,
Vi o sol morrer ligeiro...
Eu, Lúcio e meu companheiro,
Poeta de alma sadia,
Derramamos poesia
Na sombra do juazeiro.

Cumpriu-se a prece que eu fiz:
Não houve momentos baixos,
E abracei, muito feliz,
Parentes de Dois Riachos.
De quem estava indeciso,
Mariá, com seu sorriso,
Mudou depressa o roteiro...
Milho quente e carne assada,
Deixava a turma inspirada
Na sombra do juazeiro.

Enquanto o sol se ocultava
E a lua nova surgia,
O “rei” da fotografia
Tudo, tudo registrava:
Quem comia, quem cantava,
Pai-coruja, churrasqueiro...
Até mesmo o fumaceiro
Do milho em plena panela
Ficou gravado na tela
Na sombra do juazeiro.

Ainda estou sorridente
Com tanta felicidade!
Foi uma tarde somente,
Com valor de eternidade!
Ninguém maior que ninguém,
Todos no clima do bem
Nesse ambiente roceiro.
Não vou esquecer jamais
Tanta emoção, tanta paz
Na sombra de um juazeiro!

Meu abraço!
Dedé Monteiro
Tabira, 04/07/2011