sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Um Café Com Pão Quente às Cinco e Meia...


No mote de Dedé Monteiro:

Quando o sol se despede da campina
E a textura da nuvem muda a cor
O alpendre recebe o morador
Regressando da luta campesina
Entre os ecos da casa sem cortina
Corre um grito chamando por Maria...
E da cozinha pra sala a boca esfria
O mormaço da xícara quase cheia
Um café com pão quente às cinco e meia
Deixa a casa cheirando a poesia.

Meia hora antecede a hora santa
Às seis horas da virgem concebida
E o cálice que serve de bebida
Desce quente nas veias da garganta
Já o trigo depois que sai da planta
Faz o pão quando a massa fica fria
E o tempero da cor do fim do dia
Tem mistura de terço, fé e ceia
Um café com pão quente às cinco e meia
Deixa a casa cheirando a poesia.

(Mariana Teles)
Reunião


Aatenção integrantes da AJUPTA haverá uma importante reunião no próximo sábado dia 11/02 na escola Arnaldo Alves. Sua presença será indispensável, pois é discutida a formação da diretoria desta associação.
Crítica Cultural

Essa "infica" cantada no momento
Só tem letra imoral e fuleragem.
Não nos passa cultura nem mensagem,
Porque tem um teor muito nojento.
Essa mesma não fala em sentimento,
Só degrada a imagem do forró,
Bem distinta do verso de Dió
Que nos fala de amor e de desejo.
Nem exalta o gueirro sertanejo
Que foi tema dos versos de Filó.

(Eniel Alves)
Um Belo Mote e Uma Grande Estrofe

Certa vez José Javas pediu para Jeverson glosar este mote:

Me fere mais que navalha afiada
A saudade presente no meu peito

ele disse:

Ela foi, São Paulo sendo destino
Me deixando chorando de saudade
Eu não sei se isso é uma maldade
Maltratar o coração d'um menino
Do rumo da vida perdi o pino
Esquecer, eu tentei mas não tem jeito
Já não sei se isso em mim é um defeito
Chamar essa mulher de minha amada
Me fere mais que navalha afiada
A saudade presente no meu peito

(Jeverson Madureira 25/12/2011)
Cordel Sobre a Prevenção de Acidentes de Motos

Se você gosta da vida,
De andar e respirar,
Ouvir, cheirar e sentir,
Falar, gritar ou cantar,
E aprecia ver o mundo,
Veja o que vou abordar.

Proteja sempre seu corpo,
Cuide dele de verdade
Se pensa no semelhante,
E em sua comunidade,
Não conduza motocicleta
Em grande velocidade.

Dirigir durante a noite
Não é muito adequado
E atender o celular
É ato muito arriscado
Você pode levar um tombo
Ficando bem machucado.

Os acidentes de motos
Lotam as casas de saúde
Deixando muitos feridos
Marcados na juventude
Precisamos amenizar
Mudando nossa atitude.

Nos acidentes mais graves
Muitos deixam de andar
Alguns machucam o rosto
E não conseguem mais falar
Outros batem a cabeça
Sentindo a memória falhar.

Quem vive uma tragédia
Enfrenta transformações
Alguns desses acidentes
Provocam escoriações
E outros são tão fortes
Que causam amputações.

Mas se você tem a sorte
De ter um corpo legal,
Deve fazer um esforço
Pra mantê-lo jovial,
Pois um acidente grave
Lhe deixa num hospital.

A pessoa que se acidenta
E não pode mais andar
Aquele que perde a visão
Ou o poder de pensar,
Deve procurar os meios
Pra se reabilitar.

Geralmente o acidentado
Aguenta tudo com firmeza
Divide a dor com a família
Aumenta a sua despesa,
É obrigado a enfrentar
Momentos de incerteza.

O que chama à atenção
É a grande mortalidade
De jovens motociclistas
Da nossa comunidade
Motivo que nos obriga
Sairmos da imobilidade.

Visto que a epidemia,
Já causa preocupação,
E os leitos já não sobram,
Pro resto da população;
Vamos conscientizar
Visando a prevenção.

Se for dirigir uma moto
Nunca faça a ingestão
De cachaça ou cerveja,
Evite álcool e direção
Pois correrá muito perigo
Com essa combinação.

Se quiser mesmo ajudar
Use o capacete preso
Não ultrapasse pela direita
Mantenha o farol aceso
Isso evita uma multa
Ou mesmo que seja preso.

Pilote de forma defensiva
Usando roupa adequada
Cuidado com poças d’água
Ou estrada esburacada
Jamais corra numa pista
Que esteja toda molhada.

Evite discussão no trânsito,
Pra não causar embaraço
Não circule entre carros
Sem sinalizar com seta e braço
Lembre que alguém em casa,
O espera com um abraço.

Evite malabarismo
Ou dirigir empinado
Use joelheira e luvas,
Um calçado adequado
E repare se o pneu
Já está bem calibrado.

Não fale com o garupa
Pois tira a sua atenção
Cuidado com areia solta,
Óleo esparramado no chão
Cuide bem de sua moto
Fazendo a manutenção.

Vamos todos prevenir
Essa é a nossa solução
Comece dando exemplo
Modifique sua ação
E o número de acidentes
Sofrerá diminuição.

Sem acidentes de motos
Hospitais vão operando,
Os outros adoentados,
Que já estão esperando,
Evitando gastar com aqueles
Que estão se acidentando.

Se não há o acidente
A dor jamais prevalece
Sem gasto desnecessário;
A família agradece
Ganha a sociedade
E a paz se estabelece.

(Hélio de Araújo, 2012)